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"Eu não tenho discutido o futuro governo. Por uma questão, eu acho, que de respeito à população. Pra você começar a discutir um governo, eu teria de estar eleita. Eu acho que a questão que se coloca quando você está em campanha eleitoral é respeitar uma das questões mais importantes na democracia que é o voto do povo dia 3 de outubro. Se eu colocar a carroça na frente dos bois, em vez de eu discutir os programas do governo, em vez de eu dizer o que eu quero pras pessoas me escolherem como presidenta do Brasil, eu vou ficar discutindo uma coisa que não aconteceu? Por que, cá entre nós, pesquisa não ganha eleição...", disse a candidata em entrevista ao Jornal da Globo(veja a entrevista completa).

O candidato disse nesta segunda em Varginha, que está "numa batalha nacional dura e difícil", referindo-se à corrida presidencial. o tucano não quis comentar o avanço da candidata Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas de intenção de voto. Ele disse que só falaria sobre "coisas que interessam às pessoas".

"Em um (mundo), tudo é resolvido, é o mundo azul, de Serra". "No mundo da Dilma, está praticamente tudo cor-de-rosa e vai continuar cor-de-rosa", afirmou . "Serra e Dilma são parecidos, ambos são desenvolvimentistas e têm perfil gerencial".

“A discussão de governo não cabe nesse momento, não cabe de forma alguma. Qualquer discussão de nome da minha parte ou da minha campanha é factoide. Nós desautorizamos todas as especulações sobre quem quer que seja ocupar qualquer cargo porque nós não achamos isso politicamente correto, eticamente correto, é colocar o carro na frente dos bois”, afirmou a candidata.

“Acho que essa declaração tem uma certa falta de respeito para com as pessoas. É alguém sentando na cadeira a mais de um mês da eleição. Quem vai decidir quem vai sentar na cadeira é o povo, não é um candidato isoladamente. Isso me parece ser uma atitude pouco respeitosa com os eleitores", disse criticando Dilma quando ela diz,que, se eleita, irá “estender a mão” aos adversários.

“O programa eleitoral virou quase que uma continuidade de novela, só que não com a qualidade das novelas. Tudo está cor de rosa ou tudo vai ficar azul. Nós estamos dizendo que tem problemas que precisam ser debatidos, que é preciso ter um olhar para o Brasil real, o Brasil da favela do Coque (no Recife), o Brasil que não fez a reforma tributária, esse Brasil que fica uma hora na fila para conseguir uma consulta”, disse.

"Nós, apesar de todas as falsidades, de todas as calúnias e mentiras que nesse momento eleitoral aparecem, vamos seguir em frente com uma proposta muito clara de desenvolvimento do Brasil", disse a candidata do PT em críticas indiretas à oposição.

“Isso é conto da carochinha. Isso é maluquice total. O material que foi publicado a respeito do Eduardo Jorge foi pedido e entregue pelo comitê de campanha da Dilma. As evidências mostram que aconteceu”, afirmou Serra,criticando a explicação dada nesta sexta pela Receita, referinda a quebra de sigilo fiscal.

"Estava muito bem avaliada no Acre para um terceiro mandato"... “Por que agora não termos o segundo turno? Ainda temos 40 dias para reconsiderarmos o que estamos fazendo com o Brasil nesta eleição de 2010”disse a candidata.